A Zignal Labs divulgou que as postagens sobre a suposta fraude eleitoral caíram de 2,5 milhões para 688 mil posts, entre 9 e 15 de janeiro de 2021. Também houve uma queda de aproximadamente 95% no número de posts com as hashtags #FightforTrump, #HoldTheLine e #March for Trump. Já os tweets com termos como “stop the steal”, “voter fraud”, “illegal votes” e “shredded ballots” caíram cerca de 67%, sendo que durante alguns dias foi registrada uma queda de 99% nas menções com tais termos. Por outro lado, houve um aumento de 15% nas menções com os termos “QAnon” e “Q”. Mas o aumento pode ser justificado pela cobertura da imprensa sobre o assunto, conforme informado no The Next Web. A QAnon, de maneira geral, é uma teoria da conspiração defendida por alguns apoiadores de Donald Trump, que criaram uma espécie de movimento. Seguidores da QAnon defendem várias ideias sem fundamentos, entre elas a de que o presidente Trump luta contra pedófilos e adoradores de Satanás. A desinformação promovida pelos apoiadores da QAnon é tanta que o Departamento Federal de Investigação (FBI) declarou, em 2019, que extremistas ligados ao movimento QAnon representam uma ameaça de terrorismo interno. Mas, mesmo com o posicionamento do FBI sobre a situação, Donald Trump continuou apoiando o movimento. Inclusive, seguidores da QAnon participaram dos protestos violentos no Capitólio, sede do parlamento dos norte-americano, durante a recontagem de votos para certificar a vitória de Joe Biden e Kamala Harris.
Bloqueio de Trump no Twitter pode ter ajudado a frear a desinformação
Após o banimento de Donald Trump no Twitter, o Facebook, Instagram e Twitch anunciaram a suspensão das contas oficiais do presidente. De acordo com os representantes das redes sociais, a decisão de suspender ou restringir as publicações de Donald Trump foram tomadas por causa das postagens do republicano incentivando a invasão do Capitólio. Além disso, Trump foi acusado de usar as redes sociais para promover desinformação, já que o presidente usou as redes para divulgar informações sem provas de que houve fraude nas eleições americanas de 2020. Além do bloqueio de Trump no Twitter, cerca de 70 mil contas de pessoas ligadas a QAnon foram removidas da plataforma. Pelo visto, a decisão de banir ou restringir contas usadas para espalhar fake news com desinformação sobre eleição dos EUA surtiu o efeito esperado, pois, conforme relatório da Zignal Labs, houve uma queda expressiva no número de postagens com informações falsas. E, ao que tudo indica, as empresas estão empenhadas em combater esse tipo de postagem em suas plataformas. Fonte: Yahoo; NBC News; The Next Web; Washington Post