Há poucas semanas, o Showmetech já havia noticiado a possível mudança de nome da controladora, que também é dona do Instagram e WhatsApp. À época, Mark Zuckerberg já dava sinais de que o nome poderia mudar e que o metaverso estaria mais próximo de se tornar realidade. O novo nome faz uma referência direta a este mundo de espaços virtuais e avatares. Segundo Mark Zuckerberg, a palavra Meta vem do grego “metá”, que pode ser traduzida como “além” ou “em seguida”. Durante o evento, ele disse ainda que a alteração do nome se faz necessário porque o “Facebook” já não abrange mais tudo o que a empresa faz. “No momento, nossa marca está intimamente ligada a um produto só. Mas, com o tempo, espero que sejamos vistos como uma empresa de metaverso”. A nova marca é um esforço da empresa para deixar de ser reconhecida apenas como uma empresa de mídia social para se concentrar nos planos de Zuckerberg de construir o metaverso. A mudança, no entanto, não afetará o nome da sua rede social, que continuará a se chamar Facebook. Apesar de não ser um movimento tão comum no mercado, outras grandes empresas já realizaram mudanças como essa antes. O Google, por exemplo, lançou uma nova estrutura corporativa, criando uma empresa controladora conhecida como Alphabet no ano de 2015.
Mudanças em meio a escândalos
A mudança de nome chega em um momento crucial para o Facebook, que vem sendo alvo de inúmeras acusações. No início de outubro, por exemplo, uma ex-funcionária do Facebook acusou a empresa de lucrar com discursos de ódio. Segundo a ex-gerente de produtos do Facebook, Frances Haugen, a rede de Zuckerberg mentiu sobre o combate ao discurso de ódio, violência e fake news na plataforma, além de esconder dados importantes sobre o impacto de redes sociais em adolescentes. O caso foi publicado inicialmente pelo Wall Street Journal, mas logo o consórcio “The Facebook Papers”, formado por 17 organizações jornalísticas norte-americanas, trouxe reportagens que mostravam que a rede social contribuiu para a disseminação de fake news, e inclusive para a mobilização de grupos de extrema direita, o que culminou na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro.
Mais novidades
A companhia aproveitou a oportunidade para também apresentar os lançamentos de realidade virtual e realidade aumentada em suas plataformas. Entre as novidades estão o Polar, uma ferramenta para desenvolvimento de filtros e novas capacidades do Spark AR (software de realidade aumentada do Facebook), que permitirá, entre outras coisas, adicionar objetos virtuais em qualquer lugar do mundo real. Os objetos podem ser frases de textos, gifs, figurinhas e personagens que ficarão flutuando na tela. O Facebook também está testando incluir experiências em realidade virtual em lugares que já existem na vida real, como a inclusão de uma caça ao tesouro em um parque temático ou uma visita guiada em uma cidade turística. A plataforma anunciou ainda um investimento de US$ 150 milhões na formação de programadores em RV (realidade virtual) e RA (realidade aumentada). Foi anunciado ainda que GTA San Andreas em realidade virtual chegará ao Oculus Quest 2. Esse é o segundo jogo da era do PlayStation 2 a ser lançado para o aparelho de realidade virtual do Facebook. Ainda não se tem nenhuma notícia de preço, data de lançamento, ou informações mais concretas.
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Ainda não entendeu muito bem o conceito de metaverso, tão pertinente nas novas mudanças anunciadas pelo Facebook? O Showmetech esclarece tudo em uma matéria bem especial. Fontes: TechCrunch, The Verge.