FMI sobre o mundo
O PIB mundial está 0.1 e 0.2 pontos percentuais, respectivamente, menor do que as projeções anteriores. Vale lembrar que, em 2019, o crescimento foi de 2.9%. A alteração deve-se a “crescentes tensões geopolíticas”, conforme o Fundo explicou durante o Fórum Econômico de Davos. Em destaque há os Estados Unidos e o Irã, no que poderia dificultar o fornecimento de petróleo. Outro ponto relacionado é a desaceleração de economias como a da Índia, que teria diminuído 1.2%. Os indianos são um fator-chave para crescimento global, mas a projeção foi reduzida por haver uma queda maior do que esperado na “demanda doméstica” e haver pressões crescentes no sistema financeiro deles. As potências mundiais EUA e China estariam abaladas por “disputas não resolvidas”, o que pode enfraquecer ainda mais a economia global. Uma trégua de conflitos assinada por Trump, na semana passada, melhorou a projeção do PIB chinês para 6% neste ano (queda de 5.8% em 2021). Detalhe: Kristalina Georgieva, diretora do FMI, afirmou que ambas as potências possuem “recursos o suficiente” para resolver as disputas comerciais. Na Itália, há projeção de +0.5% neste ano, sendo 0.7% no ano que vem. Como informa o Fundo, o país precisa de “importantes reformas estruturais para aumentar seu potencial de crescimento”. Em rápido resumo, ainda temos Alemanha (1.1%), Japão (0.7%) e Rússia (1.9%) no que espera-se para este ano.
FMI sobre o Brasil
Em contraste, temos o Brasil: a projeção de crescimento subiu em 0.2% – o que é positivo, mesmo que a média de 2021 tenha caído 0.1%, seguindo então abaixo da média global. O FMI explica que a economia da região teve “uma melhora […] após aprovação da reforma da Previdência“. O PIB nacional de 2019 deverá ser divulgado no mês de março pelo IBGE. Já a América Latina em si continua com crescimento reduzido para 1.6% (2020) e 2.3% (2021), estando também abaixo da média mundial. Isso é uma diferença da estimativa de alta de somente 0.1% como foi em 2019. A mudança, neste caso, aconteceu após uma queda do México e também teve como consequência o desempenho (ruim) do Chile, resultado de “distúrbios sociais”. Como contraste ao desempenho mundial, temos uma previsão da IBM para este ano e também para a próxima década ao falarmos da América Latina – em ambos os casos, a situação é positiva.