Ao que parece, para o mercado de produções audiovisuais britânico, a saída do Reino Unido da União Europeia pode complicar ainda mais a situação nos Sete Reinos de Westeros, da série ‘Game of Thrones‘, produzida pelo canal de televisão britânico HBO. Em uma decisão histórica, os britânicos decidiram em um referendo votado nesta quinta-feira (23), deixar a União Europeia (UE). A opção de “sair” do bloco venceu com uma margem de 1,2 milhão de votos de diferença. A saída é apoiada pela maioria, pois o Reino Unido mais contribui com a UE do que recebe recursos. Se para a maioria a saída é vista como uma vitória, para os artistas isto soa como um desastre. O diretor da Associação Independente de Filme e Televisão (a IFTA) britânica, Michael Ryan, escreveu à revista “Variety” que abandonar a UE será devastador para o financiamento de filmes e séries de TV, que conseguem se sustentar graças ao suporte de outros países europeus. Em suas palavras, esta decisão acabou com a IFTA. De acordo com a “Variety”, a partir de agora é provável que o Reino Unido não receba mais financiamentos do Media Program, um fundo da UE para produções de cinema, TV e mídias digitais. Isso deve atingir principalmente a indústria do cinema, e as cifras são bem altas. A “Hollywood Reporter” calcula que, entre os anos de 2007 e 2015, o programa destinou cerca de US$180 milhões para produções britânicas. Outro problema será a facilidade em conseguir locações em outros países. Maior parte das cenas de “Game of Thrones” é gravada na Irlanda do Norte, que é uma nação do Reino Unido. Game of Thrones volta a ser exibido no próximo domingo (26), na HBO, com o episódio final da sexta temporada. Fonte: Folha, G1